O homem além do Tempo e da lógica.
A pessoa que vou contar sua história, é verdadeira, conheci pessoalmente, trocarei os nomes , para preservar as pessoas.
No ano de 2005, conheci André, através de um casal amigo que frequentou nosso grupo espírita.
André era amigo a muitos anos do casal, e frequentava a casa do casal e era muito querido por todos, tendo por ele um respeito de irmão ou parente, embora não fosse.
André nasceu no interior remoto de um estado do nordeste, onde não havia escolas e nem acesso a comunidade, viviam quase que um isolamento social. Cresceu ele e seus irmão sem serem alfabetizados. Um dia sua mãe o levou consigo até uma cidade próxima, para fazer algumas compras.
Sua surpresa no comércio, começou com os rótulos dos produtos, pois ficou admirado com as letras, que ele as lia, sem nunca ter aprendido. Ficou entusiasmado e pegou tudo que podia de panfleto e rótulos, e levou para sua casa para mostrar aos seus irmãos e cobrar deles. porque não haviam lhe dito daquela maravilha, pois achava que seus irmãos, sabiam ler também e já haviam ido com sua mãe antes fazerem compras. Mas não, seus irmãos não sabiam ler.
Assim, embora analfabeto, ele criou a primeira sala de aula naquele lugarejo.
Cresceu e veio para São Paulo, onde se empregou com faxineiro nas industrias Matarazzo em São Paulo.
Um dia fazendo a limpeza em frente a sala do Diretor da empresa, foi chamado pelo diretor, que acabará de dispensar o chefe da segurança e lhe deu as chaves da sala do Segurança e lhe disse , que a partir daquele momento ele seria o chefe da segurança. Adentrou a sua nova sala, se debruçou sobre a mesa, sem noção do que fazer e adormeceu. Quando acordou, estava com os papeis das escalas e planilhas dos seguranças prontas.
Outro fato acontecido com André, foi um dia que estava na casa do casal, que acabara de comprar umas cadeiras de madeira, com assento de juta entrelaçada e quando ele as viu, comentou com o amigo:
Essas cadeiras são iguais a daquele doido, que vivia comigo naquele sanatório. Que Sanatório, que doido? perguntou o amigo.
- Aquele, que cortou a orelha e mandou para a namorada, que tinha um irmão chamado Téo, que lhe escrevia cartas, todos os dias, e ele pintava muitos quadros e que deu um tiro na barriga no meio do milharau ,que voltou para casa esperando a morte . Era tudo muito esquisito para o amigo, pois sabia que ele nunca esteve num hospício nesta vida, mas ficou quieto e foi para o computador procurar saber sobre quem fez isso e não demorou para ver que fora Van Gogh.
Quando viu, ficou atónico e o chamou , principalmente porque vira nas imagens da época a cadeira igual a sua. O que ele confirmou que o conhecia.
Outra vez, me mandou chamar, porque queria falar comigo. Fui até a casa do casal amigo e lá estava o Andre, que me agradeceu eu ter ido e foi dizendo:
- A três dias que esse Frei (Frei Fabiano, espirito), está pedindo que eu lhe de o recado. Que você pare de se preocupar em juntar dinheiro para construir a casa de ajuda, que esse problema é dele e ele se encarrega de colocar as pessoas para você ajudar, no lugar certo e na hora certa. Apenas faça o seu trabalho. A verdade é que eu andava mesmo muito preocupado em comprar um sitio para fazer uma casa de recuperação de pessoas. Mas até hoje não me faltou recursos e pessoas que foram e são ajudadas.
André escrevia textos de três a quatro paginas, lindíssimos, com perfeição ortográfica e concôrdancia verbal perfeita, mas minutos depois não as lia.
Era católico, mas enxergava espíritos e andava no tempo passado , presente e futuro.
Foi estudado pelo INCOR por anos, porque tinha uma anomalia cardíaca, que os médicos não sabiam como ele continuava vivo, trabalhando e vivendo normal. Faleceu anos mais tarde e não foi pelo coração.
há outros relatos sobre ele e deixou sua historia para ser refletida sobre o que sabemos, se é que sabemos a verdade.
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